Encontro das maiores potências mundiais abordará questões éticas e regulatórias da IA
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou nesta sexta-feira (26) que o Papa Francisco participará da cúpula de líderes do Grupo dos Sete (G7) deste ano, com foco na discussão dos desafios apresentados pela Inteligência Artificial (IA).
O líder da Igreja Católica tem expressado preocupações sobre os perigos potenciais da IA e defendeu seu uso para o bem comum. Sua participação marca um marco histórico, sendo a primeira vez que um pontífice se junta às deliberações do G7.
O encontro do G7 está programado para acontecer na região da Puglia, sul da Itália, de 13 a 15 de junho. Os líderes dos Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Canadá e Japão estarão presentes, juntamente com alguns convidados adicionais.
O Papa Francisco se unirá a uma sessão dedicada à IA, considerada por Meloni como “um dos maiores desafios antropológicos do nosso tempo”. Meloni expressou confiança de que a presença do Papa será fundamental na elaboração de um quadro regulatório ético e cultural para a Inteligência Artificial.
A Itália, que atualmente ocupa a presidência rotativa do G7, aprovou recentemente um projeto de lei destinado a estabelecer diretrizes básicas para o uso da IA, incluindo investimentos no setor e imposição de sanções para crimes relacionados à tecnologia.
Meloni enfatizou a importância de garantir que a IA seja centrada no ser humano e controlada por ele, destacando os potenciais benefícios e riscos dessa tecnologia.
As preocupações do Papa Francisco em relação à IA foram evidenciadas em suas mensagens anteriores, onde alertou sobre os perigos da “poluição cognitiva” e defendeu a necessidade de um tratado internacional para regulamentar a IA e proteger os valores humanos contra uma possível “ditadura tecnológica”.