Partido presidido por Gilberto Kassab amplia sua influência, provocando atritos na base do governo Tarcísio de Freitas.
Em um movimento político notável, o PSD, liderado por Gilberto Kassab, viu um aumento significativo na filiação de prefeitos em São Paulo, passando de 48 para 329 ao longo deste ano. Esse crescimento representa mais de metade das prefeituras do estado, gerando insatisfação entre os deputados da base governista de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa (Alesp).
Enquanto os deputados da base do governo lutam para reunir o número mínimo de parlamentares necessário para aprovar projetos, Kassab concentra esforços em expandir a influência do PSD, focando em um projeto político pessoal. Essa dinâmica levou a uma situação em que não houve quórum suficiente para votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) encaminhada pelo governo na última semana, sinalizando a insatisfação e a necessidade de um diálogo mais efetivo.
A estratégia de Kassab envolve a adesão de prefeitos, muitos oriundos do PSDB, à sigla. Ele, que atualmente ocupa a Secretaria de Governo, detém a confiança do governador e nomeou aliados para cinco secretarias, controlando um orçamento de R$ 84 bilhões. No entanto, essa expansão do seu espaço de influência tem gerado atritos internos, especialmente entre os partidos PL, Republicanos, PSDB, União Brasil e MDB, que veem a atuação de Kassab como um fator de desequilíbrio nas relações políticas.
Além disso, deputados também demandam o pagamento de R$ 10 milhões em emendas prometidas pelo governo, assim como uma maior participação na estrutura estatal. Esses descontentamentos refletem as tensões presentes na dinâmica política entre a Alesp e o Palácio dos Bandeirantes, com Kassab no centro das discussões sobre a articulação política no estado de São Paulo.
