Na última sexta-feira (30), Ed Cassano, CEO da empresa responsável pelo resgate dos destroços do submersível Titan, fez declarações impactantes sobre as possíveis causas da implosão que resultou na morte dos cinco passageiros a bordo.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (30), Cassano afirmou que o Titan foi “levado além de sua capacidade de profundidade”, de acordo com informações do jornal britânico The Mirror.
Em outras palavras, o submersível que se dirigia aos destroços do Titanic teria se aventurado em uma profundidade além de seus limites seguros no Oceano Atlântico. Mesmo diante dessa trágica situação, Cassano destacou que ele e sua equipe mantiveram esperanças de encontrar sobreviventes entre os passageiros.
“No entanto, a operação de resgate acabou se tornando uma missão de recuperação de destroços”, lamentou Cassano. Ele também ressaltou que não possui opiniões formadas sobre as operações em alto mar da OceanGate, a empresa responsável pelo desenvolvimento do Titan.
Destroços resgatados
Enormes pedaços do submersível Titan foram içados em um píer canadense na quarta-feira (28), quase uma semana após as autoridades anunciarem a “implosão catastrófica” que vitimou os cinco tripulantes da embarcação, cujo tamanho equivalia ao de uma minivan, de acordo com informações divulgadas pela empresa líder na tarefa.
Fotos do programa Paul Daly, da The Canadian Press, mostram uma peça semelhante a um painel branco, mais alta do que os dois homens que a conduziram até a costa, e outra peça de tamanho semelhante envolvida em lona branca com cordas e fios aparentes. No entanto, ainda não está claro qual é a função específica dessas peças. O Titan era feito de fibra de carbono e titânio, pesando 10,4 toneladas e com capacidade para apenas cinco adultos, de acordo com a OceanGate, empresa que operava a embarcação como parte de uma oferta para turistas radicais se aproximarem dos destroços do Titanic por US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) por pessoa.
A empresa proprietária dos veículos operados remotamente que resgataram os destroços do Titan, a Pelagic Research Services, anunciou que concluiu com êxito o trabalho offshore e estava atualmente em processo de desmobilização do navio Horizon Arctic, responsável pelo transporte. A equipe de resgate trabalhou incansavelmente por dez dias, enfrentando desafios físicos e mentais durante a operação, e agora está ansiosa para concluir a missão e retornar aos seus entes queridos, conforme divulgado pela empresa em comunicado.
A Pelagic Research Services adiou perguntas da Guarda Costeira dos EUA, afirmando que sua equipe não está autorizada a fornecer informações relacionadas à investigação sobre o desaparecimento do Titan. A empresa planeja realizar uma coletiva de imprensa em sua base de operações em East Aurora, Nova York, após uma pausa para que a equipe possa se reagrupar, informou o comunicado.
Até o momento, o Conselho de Segurança de Transporte do Canadá se recusou a comentar, ressaltando que mais informações sobre a investigação serão divulgadas posteriormente, conforme garantido.