Escândalo de fraude Bilionária abala o mundo das Criptomoedas

Na quinta-feira (19), o procurador-geral (Ministério Público) de Nova York moveu um processo contra três empresas de ativos digitais – Gemini Trust, Genesis Global Capital e Digital Currency Group – acusando-as de mentir para investidores e encobrir perdas superiores a US$ 1 bilhão no colapso do império de Sam Bankman-Fried. Cerca de 29 mil nova-iorquinos, dos 230 mil investidores afetados, estão entre as vítimas das plataformas.

O processo destaca que a Gemini, fundada pelos irmãos Winklevoss, teria enganado investidores sobre os riscos associados a um serviço de empréstimo chamado Gemini Earn, que prometia baixo risco e retorno de até 8% em criptoativos. Pelo menos 29 mil nova-iorquinos foram prejudicados.

Este é o mais recente esforço das autoridades dos EUA para regulamentar a indústria de criptomoedas de trilhões de dólares, que tem operado em grande parte sem regulação financeira tradicional.

A Genesis, após a quebra da FTX, congelou os resgates de clientes em sua unidade de crédito, citando turbulência no mercado, e posteriormente pediu falência. O processo alega que a Gemini sabia dos riscos associados aos empréstimos da Genesis e que estavam “altamente concentrados” na casa de comércio de criptomoeda de Bankman-Fried.

O ex-CEO da Genesis, Soichiro “Michael” Moro, e o CEO do Digital Currency Group, Barry Silbert, também foram nomeados no processo. A Gemini afirmou que foi vítima de uma “fraude massiva” e que discorda totalmente das acusações.

O Genesis disse que está cooperando com as autoridades e que não violou a lei, focando em maximizar as recuperações para credores nos casos do Capítulo 11. A batalha legal continua enquanto o setor de criptomoedas enfrenta uma maior escrutinação regulatória nos EUA.