Danilo Miranda, diretor do Sesc, falece aos 80 Anos

Neste domingo (29), o Brasil perdeu uma notável figura da gestão cultural. Aos 80 anos, Danilo Miranda, renomado diretor do Sesc em São Paulo, faleceu. Filósofo, sociólogo e ex-seminarista, ele se tornou um ícone no campo da cultura e deixou um impacto duradouro nas políticas públicas do setor.

O velório teve início na manhã desta segunda-feira (30) no Sesc Pompeia, e às 17h, o corpo será cremado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 1943, Danilo Miranda teve uma vida marcada por sua dedicação à cultura e ao serviço público.

Ao ingressar no Sesc em 1968 como orientador Social, ele iniciou uma carreira que o levou a ser diretor regional a partir de 1984. Sob sua liderança, o Sesc expandiu suas atividades culturais, promovendo o acesso à cultura, lazer, esporte e alimentação para a população. Miranda também desempenhou um papel fundamental na profissionalização dos artistas e inspirou políticas públicas no campo cultural.

Uma das grandes paixões de Danilo Miranda foi o teatro, e graças a seu empreendedorismo aliado ao humanismo, o Sesc se tornou um importante fomentador das artes cênicas. Ele trouxe para os palcos da instituição renomados artistas internacionais, como Marina Abramovic, Isabelle Huppert e Edgar Morin.

A morte de Danilo Miranda foi profundamente lamentada por expoentes da cultura brasileira. A cantora Daniela Mercury expressou sua tristeza e elogiou o amor de Miranda pela arte. Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú Cultural, afirmou que ele foi “o maior ministro da Cultura que o Brasil nunca teve”, ressaltando sua militância pela cultura brasileira e pela democracia.

Serginho Groisman, apresentador e também admirador de Miranda, o descreveu como uma “referência cultural”. O legado deixado por Danilo Miranda permanecerá como um marco na cultura brasileira e continuará a inspirar gerações futuras. Ele deixa a esposa Cleo Regina, as filhas Camila e Talita, e quatro netos.