A SouthRock Capital, empresa responsável pela operação dos restaurantes das renomadas marcas Starbucks e Subway no Brasil, anunciou na noite desta terça-feira (31) que formalizou um pedido de recuperação judicial. A dívida acumulada pela empresa é estimada em R$ 1,8 bilhão, conforme documentação protocolada na 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo.
A decisão de recorrer à recuperação judicial vem após a SouthRock ter contratado a consultoria Galeazzi & Associados no meio deste mês, com o objetivo de orquestrar um processo de reestruturação. Segundo a empresa, essa medida é crucial para “proteger financeiramente suas operações no Brasil e tomar decisões estratégicas para adaptar seu modelo de negócio à atual realidade econômica”.
A SouthRock explica que os ajustes planejados incluem a revisão do número de lojas em operação, o calendário de aberturas, alinhamentos com fornecedores e partes interessadas, bem como a reavaliação da estrutura de sua força de trabalho atual.
Ao longo dos últimos três anos, desde o início da pandemia, a empresa enfrentou desafios significativos para manter suas operações em meio ao cenário econômico brasileiro. A pandemia, a inflação persistente e as altas taxas de juros agravaram a situação para todos os varejistas, incluindo a SouthRock, conforme ressaltado pela companhia.
A SouthRock destaca que a recuperação judicial será uma ferramenta fundamental para a empresa se preparar e se adaptar ao atual contexto econômico. A empresa enfatiza que, durante o processo de reestruturação, todas as marcas sob sua gestão continuarão operando normalmente.
Fundada em 2015, a SouthRock Capital se especializou no desenvolvimento de restaurantes em aeroportos, por meio da Brazil Airport Restaurants, e na gestão de grandes marcas internacionalmente consolidadas. Em 2018, a gestora firmou um acordo de licenciamento com a Starbucks, tornando-se a operadora exclusiva dos restaurantes da marca dentro do país.
Recentemente, em maio do ano passado, assumiu a administração das franquias do Subway, que, de acordo com uma lista enviada à Justiça, não foram incluídas na proteção contra credores. Além das marcas conhecidas dos Estados Unidos, a empresa também atua com marcas como Eataly e TGI Fridays.