A Colômbia enfrenta um desafio inusitado; conter a proliferação descontrolada de hipopótamos descendentes dos animais importados por Pablo Escobar, o notório líder do Cartel de Medellín, falecido em 1993.
Atualmente, estima-se que existam 166 hipopótamos no país, e de acordo com projeções do Ministério do Ambiente, esse número poderia atingir 1.000 até 2035 caso medidas não sejam tomadas.
Essa preocupante expansão populacional foi destacada por Susana Muhamad, Ministra do Ambiente da Colômbia, em pronunciamento nesta quinta-feira (2). Os animais, originalmente alojados no rio Magdalena, agora se multiplicam desenfreadamente.
Diante dessa situação, o governo colombiano delineou um plano de ação que inclui o sacrifício de alguns hipopótamos, além da esterilização de outros indivíduos. Além disso, parte da população excedente será realocada para o México, Índia e Filipinas. No entanto, é importante ressaltar que a execução dessas ações ainda depende de autorizações oficiais.
A data exata para o início das medidas não foi revelada. No entanto, segundo Muhamad, na próxima semana terá início o processo de esterilização, sendo que a eutanásia será aplicada em uma parcela da população.
Os curiosos hipopótamos, legado de Escobar, foram originalmente trazidos para a Colômbia pelo narcotraficante, que os abrigava em seu zoológico privado na Fazenda Nápoles, localizada na região de Magdalena Medio, no centro-norte do país.
Após a morte de Escobar, em 1993, o governo assumiu o controle de algumas de suas propriedades. Foi então que os hipopótamos escaparam e encontraram refúgio no rio Magdalena, dando início a uma surpreendente saga de reprodução descontrolada, chegando inclusive a ameaçar pescadores locais.
Os hipopótamos foram trazidos ilegalmente para a Colômbia na década de 1980 por Escobar como parte de uma coleção de animais exóticos (Crédito: Freepik)