Na última sexta-feira (17/1), um argentino de 37 anos e um brasileiro de 39 anos foram sequestrados, torturados e roubados no litoral norte da Bahia, entre Itacimirim e Praia do Forte, na Região Metropolitana de Salvador. As vítimas foram resgatadas com vida no sábado (18/1) pela Polícia Militar, mas o brasileiro permanece internado em estado grave na UTI, enquanto o argentino, que é comerciante, prestou depoimento à Polícia Civil.
Detalhes do crime
De acordo com a Polícia Militar, as vítimas foram abordadas em um bar e levadas a um cativeiro por um grupo de pelo menos nove criminosos. No local, elas foram agredidas e torturadas para realizar transferências bancárias. O comerciante argentino relatou ter transferido cerca de R$ 100 mil para diversas contas.
“Eles pareciam estar monitorando nossos movimentos”, declarou uma das vítimas à delegada-geral da Polícia Civil da Bahia (PCBA), Heloísa Brito. Segundo a investigação, as transferências foram realizadas para múltiplas contas, cujos titulares estão sendo identificados pela polícia.
Resgate dramático
O resgate ocorreu após moradores da região desconfiarem de atividades ilegais e alertarem a polícia sobre um desmanche de veículo no local. Quando os policiais chegaram, os criminosos atiraram e fugiram para uma área de mata.
Durante as buscas, os agentes ouviram gritos de socorro e encontraram as vítimas. No cativeiro, uma cova já havia sido aberta, supostamente para enterrar os homens.
Material apreendido e investigação
A Polícia Militar apreendeu no local um notebook, celulares, entorpecentes e duas motocicletas. Todo o material foi encaminhado à Delegacia Anti-Sequestro (DAS), que investiga o caso como extorsão mediante sequestro.
Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A polícia trabalha para identificar os responsáveis e rastrear as contas que receberam os valores transferidos.
Repercussão e investigação em andamento
O caso chamou atenção nas redes sociais após a divulgação de vídeos mostrando o cativeiro e a cova aberta. A Polícia Civil continua investigando o crime, enquanto as vítimas permanecem em recuperação física e psicológica.
