DÓLAR REGISTRA QUEDA PARA R$ 5,11 COM DADOS DE INFLAÇÃO NO BRASIL E NOS EUA

No dia de hoje, o mercado financeiro vivenciou um momento de alívio, refletido na queda do dólar para próximo de R$ 5,10, atingindo seu menor valor em 15 dias. Após três dias consecutivos de declínio, a bolsa de valores teve um desempenho notável, encerrando acima dos 126 mil pontos.

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (26) sendo vendido a R$ 5,116, marcando uma queda de R$ 0,046 (-0,89%). Embora tenha iniciado o dia de forma estável, a cotação da moeda despencou logo após a abertura dos mercados nos Estados Unidos, chegando próximo a R$ 5,10 por volta das 15h20.

Esta é a menor cotação do dólar desde o dia 11 do corrente mês, quando encerrou em R$ 5,09. Mesmo com a queda de hoje, a moeda norte-americana acumula uma alta de 2,01% em abril e de 5,42% no ano de 2024.

No mercado de ações, o dia também foi caracterizado por um alívio significativo. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 126.526 pontos, registrando uma alta de 1,51%. Este desempenho foi impulsionado tanto pelas bolsas internacionais quanto pela decisão da Petrobras de distribuir 50% dos dividendos extraordinários do exercício de 2023.

Tanto fatores internos quanto externos contribuíram para a tranquilidade observada no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e a divulgação da inflação ao consumidor em março aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a reduzir as taxas de juros a partir de setembro.

Recentemente, havia crescido a probabilidade de o Fed postergar o início da redução das taxas até 2025. Contudo, os dados divulgados nesta sexta-feira revelaram que a inflação em março nos Estados Unidos ficou em 0,3%, em linha com as expectativas.

No Brasil, a prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), apresentou recuo para 0,21% em abril, ficando abaixo das projeções. A diminuição nos preços dos transportes compensou o aumento nos alimentos.

Este cenário de inflação aumentou as perspectivas de que o Banco Central brasileiro reduza a taxa Selic (juros básicos da economia) em 0,5 ponto percentual em maio. A expectativa de juros mais baixos estimula o mercado de ações, visto que incentiva a migração de investimentos de renda fixa para ações.

Com informações da Reuters / Fonte: Agência Brasil

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