ELON MUSK AFIRMA QUE NOVOS USUÁRIOS DO X PODEM PRECISAR PAGAR TEMPORARIAMENTE PARA TUITAR.

Medida seria forma de combater os robôs de spam na rede social

A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, poderá implementar uma taxa para novos usuários, segundo anunciou nesta segunda-feira (15) o empresário bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma. Supostamente, essa cobrança seria aplicada durante os primeiros três meses de uso dos usuários na plataforma, após os quais as postagens seriam gratuitas. O objetivo seria combater as postagens automatizadas por robôs, um dos principais problemas enfrentados pela rede social.

“Infelizmente, uma pequena taxa de acesso à postagem para novos usuários é a única maneira de conter o ataque implacável de bots. A inteligência artificial atual (e as fazendas de trolls) podem facilmente passar pela detecção de ‘você é um bot'”, declarou Musk em resposta a uma publicação sobre o assunto na plataforma X. Em outro comentário, ele esclareceu que essa medida seria temporária para novos usuários. “Isso se aplica apenas a novos usuários. Eles poderão postar gratuitamente após 3 meses”, explicou.

A plataforma já realizou testes cobrando uma assinatura anual de US$ 1 nas Filipinas e na Nova Zelândia, permitindo que os usuários postem e interajam com outras contas no X. No entanto, Musk não forneceu mais detalhes sobre a implementação dessa nova medida, como a data de início da cobrança e o valor exato da taxa.

Elon Musk também anunciou que a plataforma X lançará em breve dois novos níveis de assinatura premium. “Um terá um custo mais baixo com todos os recursos, mas continuará exibindo anúncios, enquanto o outro será mais caro e livre de anúncios”, disse Musk em uma postagem na rede social.

Desde que assumiu a plataforma em outubro de 2022, Musk tem buscado aumentar a receita, cobrando dos usuários e tentando atrair de volta os anunciantes, que reduziram seus investimentos após demissões em massa e dissolução das equipes de moderação de conteúdo.

Musk reconheceu que houve uma queda na receita da plataforma, atribuindo-a a ativistas que pressionaram os anunciantes. Embora não tenha fornecido mais detalhes sobre os planos de assinatura premium, um teste realizado recentemente sugeriu várias restrições para os usuários que optarem por não pagar pelo serviço.

A plataforma X começou a cobrar uma taxa de US$ 1 para novos usuários nas Filipinas e na Nova Zelândia como parte de um teste. Aqueles que não optarem pela assinatura só poderão realizar ações de “leitura”, como visualizar publicações, assistir a vídeos e seguir contas, conforme informado pela empresa em seu site.

O método de assinatura da plataforma visa reduzir spam, manipulação da plataforma e atividades de bots, segundo o X. Grandes empresas de tecnologia também têm experimentado combinações de planos de assinatura e modelos de financiamento por meio de anúncios.

Enquanto o YouTube, da Alphabet, oferece planos pagos e gratuitos com suporte de anúncios, a Netflix cobra por seus planos sem anúncios, embora a um preço mais baixo. O YouTube compartilha uma parte da receita de suas assinaturas com os criadores de conteúdo, mas o X ainda não revelou se fará o mesmo com os criadores de conteúdo em seus planos de assinatura sem anúncios.

Para gerar receita, Musk começou a cobrar US$ 8 por mês pelo serviço de assinatura do “selo azul” e ofereceu descontos para empresas anunciarem na plataforma. No entanto, a empresa enfrentou críticas pela falta de moderação de conteúdo, o que afastou anunciantes preocupados com a associação de seus anúncios a conteúdo inadequado.

Na semana passada, a Comissão Europeia iniciou uma investigação sobre o X para verificar sua conformidade com as novas regulamentações tecnológicas sobre conteúdo ilegal e prejudicial, após a disseminação de desinformação na plataforma durante o conflito entre o Hamas e Israel.
 
 
 
 
 
 

Foto: Tolga Akmen/EFE/EPA/ Dono da rede social X, Elon Musk