A agência do Banco Santander localizada na Avenida J.J. Seabra, em Feira de Santana, comunicou o encerramento das atividades, marcado para o dia 14 de julho. Essa é a segunda unidade bancária fechada na cidade em 2023, gerando grandes prejuízos para a população, funcionários e clientes, de acordo com Eritan Machado, presidente do Sindicato dos Bancários.
Machado destaca a importância da agência para a região, uma vez que muitos trabalhadores utilizavam seus serviços para realizar pagamentos, depósitos, transferências e empréstimos. Ele ressalta a preocupação com o fechamento e está conduzindo uma campanha para conscientizar os clientes sobre a importância dos atendimentos presenciais, uma vez que a legislação garante o direito de escolha ao consumidor bancário.
O sindicalista também critica o fechamento das agências, ressaltando que o banco Santander obteve um lucro de R$ 3 bilhões nos primeiros três meses deste ano. Ele questiona a justificativa para o encerramento de uma unidade bancária por parte de um banco com um lucro tão expressivo, resultando na demissão de pais e mães de família, além dos terceirizados.
Machado denuncia a política de afastamento dos bancos em relação aos clientes, com direcionamento para correspondentes e autoatendimento, desrespeitando a legislação vigente. Ele destaca que o fechamento das unidades e demissão de bancários afeta o cumprimento da Lei municipal dos 15 minutos, uma luta que vem sendo travada há anos em defesa dos direitos dos bancários e consumidores.
Em março deste ano, a agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Presidente Dutra, também encerrou suas atividades em Feira de Santana. A tendência de fechamento de agências bancárias no Brasil é evidente, com 394 unidades fechadas em 2022, sendo os principais bancos privados responsáveis por encerrar 377 agências. O Banco do Brasil instalou mais três unidades, enquanto a Caixa Econômica Federal não apresentou alterações. Os bancos menores fecharam 20 unidades no mesmo período.
O fechamento da agência do Banco Santander em Feira de Santana reflete uma realidade preocupante, com impactos significativos para a comunidade e para o setor bancário como um todo.