Segundo autoridades Ucrânia receberá bombas de fragmentação dos EUA

Munição altamente destrutiva, proibida em mais de 120 países, pode ser fornecida para fortalecer a contraofensiva ucraniana contra a Rússia

Autoridades norte-americanas revelaram na quinta-feira (6) que os Estados Unidos planejam enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia, uma medida contestada por grupos de direitos humanos. Essa ação pode fornecer um diferencial poderoso para o país em sua contraofensiva contra a Rússia.

Três autoridades dos EUA, que falaram sob condição de anonimato, informaram à Reuters que um pacote de ajuda, incluindo essas munições, será anunciado na sexta-feira (7). A Casa Branca confirmou que o envio do equipamento para a Ucrânia está sendo “ativamente considerado”, mas ainda não fez nenhum pronunciamento oficial.

As bombas de fragmentação possuem um alto poder de destruição, pois liberam várias “submunições” que se espalham por uma área ampla, representando uma ameaça aos civis. Além disso, as “submunições” não detonadas podem representar um perigo por muitos anos após o fim de um conflito.

Anteriormente, a organização de direitos humanos Human Rights Watch instou a Rússia e a Ucrânia a não utilizarem esse tipo de munição e pediu aos Estados Unidos que não as fornecessem.

Em 2008, 120 países assinaram um tratado internacional proibindo o uso dessas bombas em conflitos militares. No entanto, os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia não aderiram ao tratado, o que levanta preocupações em relação ao uso dessas munições em uma região já marcada por tensões.

A decisão de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia desperta um debate sobre as consequências humanitárias e o impacto dessas armas no conflito em andamento. Enquanto os Estados Unidos buscam fornecer apoio militar à Ucrânia, a utilização desse tipo de munição levanta preocupações significativas sobre a segurança e o bem-estar dos civis envolvidos no conflito.