Banco Central revisa projeção de crescimento do PIB e prevê expansão de 2% em nova análise econômica

O Banco Central (BC) revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano. De acordo com o novo Relatório de Inflação divulgado pelo BC, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,2% para 2%, impulsionada por resultados positivos em setores como indústria, serviços e agricultura.

Segundo o BC, a atividade econômica apresentou um forte crescimento no primeiro trimestre, superando as expectativas iniciais. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que teve um resultado expressivo. Além disso, a evolução da demanda doméstica e de outros componentes da oferta contribuíram para a visão de arrefecimento gradual da atividade econômica.

No entanto, mesmo com a revisão positiva, o BC ressalta que a projeção ainda considera um cenário de desaceleração da atividade econômica em 2023, influenciado pela diminuição do crescimento global e pelos impactos da política monetária doméstica, como o aumento da taxa básica de juros.

O BC também destacou o desempenho de alguns setores da economia. O setor de serviços teve sua projeção de crescimento elevada de 1% para 1,6%, impulsionado por atividades como transporte e atividades financeiras. Já na indústria, a projeção passou de 0,3% para 0,7%, com destaque para a indústria extrativa e a produção de eletricidade, gás e água.

Quanto à agropecuária, a projeção de crescimento foi revisada de 7% para 10%, refletindo prognósticos favoráveis para a produção agrícola, especialmente de soja, milho e cana-de-açúcar.

O BC também abordou os riscos que podem impactar o crescimento econômico, como a desaceleração da concessão de crédito e os possíveis efeitos da política monetária nos próximos meses. Além disso, destacou os riscos externos, como a persistência das pressões inflacionárias em países centrais e os ajustes no setor imobiliário chinês.

No que diz respeito à inflação, o BC projeta uma redução, com o IPCA encerrando o ano em 5%, abaixo da projeção anterior de 5,8%. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O BC utiliza as expectativas de mercado para tomar decisões sobre a política monetária, e o relatório ressalta que a aprovação do novo regime fiscal e outras medidas podem reduzir os riscos fiscais no país.

Em resumo, as projeções econômicas apontam para um crescimento maior do PIB e uma inflação mais controlada, embora ainda existam desafios e riscos a serem monitorados pela autoridade monetária.